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28 de Dezembro de 2018 | 09h35

Unimed Sorocaba realizou I Simpósio de Cuidados Paliativos

No dia 5 de novembro de 2018, a Unimed Sorocaba, por meio do Espaço Viver Bem (EVB) e Hospital Dr. Miguel Soeiro, realizaram o I Simpósio de Cuidados Paliativos (CP), reunindo diretores, cooperados, colaboradores e público em geral. A atividade aconteceu no auditório do Jornal Cruzeiro do Sul e teve como objetivo fomentar ações de práticas assistenciais voltada no cuidado integral a saúde dos pacientes com doenças que ameaçam a vida.  

O presidente da Unimed Sorocaba, José Francisco Moron Morad, fez a abertura do evento. Após saudar os presentes, ele disse: “É uma satisfação constatar este auditório repleto de pessoas interessadas neste importante tema. Os cuidados paliativos têm um enfoque amplo e atual, pois é fundamental pensarmos em cuidar das pessoas que necessitam desse tipo de atenção”. 

O médico Daniel Neves Forte, especialista na área de Cuidados Paliativos do Hospital Sírio-Libanês e membro da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), proferiu a palestra “Cuidados paliativos no século XXI: evidências e desafios”. 

Durante sua apresentação, Daniel mencionou uma pesquisa publicada pelo jornal The Economist, na qual revela-se que os países com melhor qualidade de vida também são os “melhores países para morrer” – ou seja, é onde as pessoas têm mais conforto nos seus últimos dias. No ranking, o Reino Unido aparece em primeiro lugar. O Brasil está na 42ª posição, atrás da Argentina, Uruguai, Chile, África do Sul e Uganda. “No nosso país, realmente, as pessoas morrem com dor e sem ter suas vontades respeitadas.” 

“Traçamos pela ANCP um panorama nacional com o total de equipes de cuidados paliativos. Ao todo, há 177 grupos hospitalares. Nos Estados Unidos, no ano de 2000, eram 658. Em 2016, esse número saltou para 1.800. Ou seja: no nosso país, menos de 10% dos hospitais têm uma equipe de cuidados paliativos”, comparou o médico. 

“O problema dos cuidados paliativos não está nas famílias brasileiras, como muitos pensam, mas, sim, nos profissionais de saúde. Afinal, não nos enquadramos nas definições da Organização Mundial de Saúde estabelecidas em 2002”, afirmou. “Os cuidados paliativos não são só para doenças incuráveis ou para quem está no fim da vida. Eles valem para todos os indivíduos que tenham doenças que ameacem a vida.”

Daniel apontou que os cuidados paliativos são uma abordagem para lidar com a prevenção e o alívio do sofrimento físico, psíquico, social e espiritual. De acordo com ele, a ANCP apresentou ao Ministério da Saúde uma proposta de política nacional de CP, a qual foi apoiada por diversos coordenadores de equipes especializadas, lideranças e instituições. 

Em decorrência disso, recentemente, originou-se a Resolução sobre Política Nacional de Cuidados Paliativos no Sistema Único de Saúde (SUS) da Comissão Intergestores Tripartite, envolvendo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e o Ministério da Saúde. “Essa resolução passará a ser uma meta do SUS e um trabalho entre equipes”, classificou o especialista. 
 
Na sequência, o gerente jurídico da Unimed Sorocaba, Luiz Roberto Meirelles, falou sobre testamento vital, como funciona, suas origens e como ele é feito no Brasil. Fechando o simpósio, uma mesa-redonda foi realizada com os palestrantes e com a coordenadora médica do setor de Quimioterapia do Hospital Dr. Miguel Soeiro, Gabriela Filgueiras. 
 


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