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2 de Agosto de 2018 | 08h53

Unimed Sorocaba realiza o segundo transplante conjugado rim-fígado

No último mês de junho, foi realizado o segundo transplante conjugado rim-fígado no Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), pertencente à Unimed Sorocaba. O primeiro havia sido em novembro do ano passado. Este tipo de cirurgia é raro: em 2017, por exemplo, apenas doze foram realizadas no estado de São Paulo. 

O procedimento beneficiou o empresário D.J., paulistano de 43 anos, portador de cirrose hepática decorrente de um quadro de hepatite C. A patologia havia sido contraída há mais de trinta anos, mas complicou-se há sete, culminando em estágio de insuficiência renal crônica. 

Participaram do transplante o cirurgião Renato Hidalgo, os cooperados Marcelo Viola Gabaldo, Otávio Augusto Vasques Moreira, Milene Cristina Devito Guilhem Gomes e na anestesia Fábio Scalet Soeiro e Miriam Machado Novaes Pegoretti. O transplante feito no HMS transcorreu dentro do esperado e a recuperação do paciente surpreendeu a todos. “Menos de doze horas após o procedimento, ele já deixava a Unidade de Terapia Intensiva”, conta Hidalgo. Em torno de uma semana depois – ainda no apartamento e pouco antes de receber alta –, D.J., acompanhado de sua esposa, fez questão de transmitir uma mensagem às pessoas que se encontram em situação similar à que ele enfrentou. “Não desistam do tratamento. Ele é longo; por vezes, penoso, mas vale a pena.”

Pai de duas crianças (um menino de 11 e uma menina de 8 anos), D.J. aconselhou que todas as pessoas façam o teste de identificação da hepatite C. “É uma doença silenciosa e a maior causa de cirrose no mundo, mesmo sem implicação de bebida alcoólica. Ela desponta quando o organismo está debilitado”, observa. “Pesquisamos muito sobre o assunto”, completa. “Com o diagnóstico precoce, pode-se evitar tudo o que passei até chegar aqui.”

De acordo com ele, e por sua própria experiência, muitos pacientes que necessitam de transplantes se entregam no meio do caminho. “Questionam se tanto esforço compensa e acabam desistindo”, relembra. “Mas a gente tem que ter cabeça, se apegar ao apoio da família. Sem esse apoio, a gente entra em depressão”, confessa. “Tive medo a todo momento, mas não deixei ele tomar conta de mim. Eu me agarrei às coisas boas da vida: meus filhos e minha esposa. Nunca deixei de perguntar: ‘por qual motivo estou aqui?’”, declara. 


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