O presidente da Unimed Sorocaba, José Francisco Moron Morad, foi um dos debatedores do evento Healthcare Innovation Show (HIS), que aconteceu nos dias 18 e 19 de setembro, no São Paulo Expo.
Moron integrou a mesa que abordou o tema Atenção Primária à Saúde (APS) e Saúde Populacional e que teve como moderadora Mariana Lindenberg, além de outros três debatedores: Elias Leite, presidente da Unimed Fortaleza; José Augusto Ferreira, diretor de Provimento de Saúde da Unimed Belo Horizonte; e Eduardo Blay, superintendente de Operações da Unimed São Carlos.
O HIS é considerado o principal evento de inovação e tecnologia para o setor da saúde no país. Os dados desta última edição ainda não foram divulgados. Contudo, em 2018, havia 150 palestrantes, 63 marcas apoiadoras e 2.400 presentes, sendo 70% destes com poder de decisão em suas respectivas instituições.
Na mesa da qual o presidente da Unimed Sorocaba participou, as discussões giraram em torno dos modelos de APS adotadas nas Unimeds; os principais desafios na gestão da saúde populacional além do monitoramento de crônicos e high users; como as Unimeds tratam a gestão da saúde populacional frente à personalização da demanda dos clientes e como tratam a personalização e o gerenciamento da saúde coletiva paralelamente.
Sobre a gestão de saúde populacional, Moron disse que o tema precisa ser visto de uma forma bastante ampla, como um ecossistema da saúde, que envolve o paciente, sua família, a empresa onde trabalha e o meio ambiente. Citou exemplos de outros países, como aqueles nos quais as pessoas que compram alimentos saudáveis recebem bônus, e também relatou a experiência da Unimed Sorocaba com o programa Benefício Farmácia, o qual procura estimular a adesão dos beneficiários aos programas de prevenção a doenças e promoção à saúde.
O debate também trouxe a mensuração dos resultados econômicos, sobretudo as métricas utilizadas em APS e saúde populacional; a taxa de retorno sobre o investimento financeiro e o seu desfecho clínico e a comparação dos indicadores de saúde populacional dos prestadores credenciados e verticalizados.
Nesse momento, Moron destacou que o modelo de saúde atual é pautado na doença, no cuidado fragmentado e hospitalocêntrico, no qual o usuário é responsável por fazer o percurso assistencial, sem condições de fazer as melhores escolhas.
Ele também enfatizou que, na análise dos indicadores de saúde populacional dos prestadores e credenciados, as operadoras terão que evoluir com a gestão dos dados dos seus beneficiários de forma verticalizada, tendo a visão de um todo; entender o seu comportamento e promover programas de prevenção e promoção da saúde de acordo com o perfil individualizado de cada beneficiário.
No campo das soluções, a tecnologia foi um dos temas presentes nos discursos dos debatedores. Além disso, eles contaram sobre as estratégias das singulares que dirigem para integrar as informações disponíveis nos diferentes players da cadeia da saúde, como operadoras, empresas, laboratórios, serviços ambulatoriais, hospitais, entre outros; assim como os programas e ações inovadoras implantados.
Moron contou que a Unimed Sorocaba utiliza o Data Analytics, painel de informações para análises dos dados voltado à tomada de decisões, e o Diagnosis Related Groups (DGR), que tem o objetivo de permitir o conhecimento do perfil nosológico, assim como a avaliação da qualidade assistencial, facilitando a identificação das áreas e dos processos que podem ter melhorias e a priorização de esforços e recursos.