20 de Maio de 2013 | 00h00
A principal preocupação dos integrantes do grupo é evitar que, por desconhecimento dos detalhes técnicos ou dos custos envolvidos, procedimentos sejam subvalorizados nessa nova tabela, como já ocorreu no SUS.
A Unimed Sorocaba foi uma das instituições convidadas a integrar o grupo nacional do Projeto Referencial de Implantação dos Novos Modelos de Remuneração de Hospitais, que deverá ser implantado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a partir de 2014.
A primeira reunião aconteceu no dia 29 de abril e contou com a presença de dirigentes das entidades de classe e de representantes dos hospitais e das operadoras que participarão do projeto. Representando a Unimed Sorocaba, estiveram presentes o vice-presidente da instituição, Paulo Hungaro Neto, e, por parte do Hospital Unimed Sorocaba, seu diretor administrativo, Edson Cumpian Paulossi.
A participação da Unimed Sorocaba no grupo de estudos se justifica pelo fato de ser uma operadora de plano de saúde que tem seu próprio hospital e um modelo de gerenciamento de custos amplamente reconhecido dentro do Sistema Unimed – formado por, aproximadamente, 360 cooperativas médicas.
Sobre a participação da Unimed Sorocaba, Paulo Hungaro ressalta que o objetivo será contribuir para evitar uma remuneração equivocada dos procedimentos hospitalares. “Dos mais de sete mil hospitais existentes no país, poucas Instituições conhecem efetivamente seus custos. A Unimed Sorocaba, com seu hospital, faz parte de um grupo seleto (G9) de Hospitais Próprios e acreditados do Sistema Unimed que discutem e compartilham há anos os seus custos. Fato este relevante para a escolha de participação no projeto. É premissa da nossa participação: Valorizar a remuneração por meritocracia, considerando o gerenciamento dos riscos e a qualidade na sua assistência ao cliente, buscando evitar o desvio atualmente vivenciado de recursos alocados em insumos em detrimento dos honorários médicos, diárias e taxas hospitalares”, explica.
A abertura da primeira reunião foi realizada pelo diretor da ANS, Bruno Sobral, que compôs uma mesa com todos os presentes. O assessor médico Francisco José de Freitas Lima representou a diretoria da Unimed do Brasil e as cooperativas médicas, enquanto o suporte foi assistido pela enfermeira Karla Regina Dias de Oliveira, da área de Gestão Institucional em Saúde, área vinculada à diretoria de Integração Cooperativista e Mercado.
Na pauta foram abordadas as parcerias oficializadas; a dinâmica do projeto; o roteiro de atividades; o cronograma de implantação e a apresentação e esclarecimento de dúvidas técnicas por Carlos Figueiredo, gerente da ANS.
Os modelos de parcerias contemplados pelo projeto incluem CMB e Unimed; ANAHP e FENASAÚDE; FBH e ABRAMGE; CNS e Unidas; CMB e Unidas; FBH e FENASAUDE; ANAHP e Unidas; CNS e Unimed; Hospital Próprio ABRAMGE e ABRAMGE; Hospital Próprio Unimed e Unimed.
O projeto será composto por três etapas. A primeira consiste na negociação da conta aberta aprimorada, envolvendo, além da implantação da diária compacta, a apuração do custo real das diárias e a negociação dos valores da tabela de preços do hospital no novo modelo, a partir dos custos apurados. A segunda etapa será a implantação dos procedimentos gerenciados, sendo sugerida a escolha de, no máximo, 20 procedimentos cirúrgicos para cada projeto. A etapa final é o monitoramento, com acompanhamento mensal de indicadores selecionados para execução.
Fonte: SZS Assessoria de Imprensa