6 de Dezembro de 2024 | 09h39
A prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade em todo o mundo, sendo considerada um problema de saúde pública com efeitos diretos sobre o desenvolvimento global da criança. O Brasil é o 10º país com mais partos prematuros no mundo, cerca de 300 mil por ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Considera-se prematuro o bebê com menos de 37 semanas porque antes disso eles ainda não possuem seus órgãos completamente formados.
A prematuridade pode ocorrer por questões sociais, por um pré-natal deficitário ou em razão de doenças desenvolvidas durante a gravidez, como diabetes gestacional, pressão alta e pré-eclâmpsia. Em novembro é celebrado o mês roxo em alusão à prematuridade, movimento mundial para sensibilização, conscientização e enfrentamento da problemática que envolve os nascimentos prematuros. O tema de 2024 é “Acesso a cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares”.
A Unimed Sorocaba tem investido na busca por novas tecnologias e capacitação de seus profissionais para atender os bebês prematuros no Hospital Unimed Sorocaba – Dr. Miguel Soeiro, que possui uma UTI Neonatal que conta com monitoramento de bebês de alto risco. Essa tecnologia permite o monitoramento remoto e não invasivo e contínuo por horas após o nascimento, reduzindo o número de bebês que terão sequelas neurológicas.
Rede de apoio
De acordo com a pediatra e neonatologista da Unimed Sorocaba, Elaine Michelin, é preciso que a mãe e o bebê tenham uma rede de apoio para passar por este momento tão delicado da vida do bebê. “O apoio da família e amigos é essencial nesse momento, que também pede a implantação de ações, como o método Canguru ainda na UTI Neonatal. Nele, o pai e a mãe têm contato pele a pele com o bebê, colocando-o em contato com o corpo numa posição semelhante à que o canguru carrega seus filhotes.”
A pediatra destaca ainda que a sobrevida de recém-nascidos prematuros depende de vários fatores, como um pré-natal adequado. “O cuidado com a gestante desde o início da gravidez pode detectar riscos como hipertensão, diabetes gestacional, depressão, ansiedade, obesidade, hipotireoidismo e doenças autoimunes. Além disso, é possível identificar no pré-natal possíveis malformações fetais e alinhar com a família a melhor estratégia de assistência ao trabalho.”
Com essas informações, segundo a Dra. Elaine Michelin, é
possível ter uma assistência adequada no trabalho de parto para receber o
recém-nascido de alto risco e toda complexidade que envolve a prematuridade
através de um atendimento com uma equipe multiprofissional apta para realizar
esse atendimento de alta complexidade e que ofereça ao mesmo tempo, um
tratamento individualizado e o mais humanizado possível “Com todos os cuidados
que temos nas primeiras horas de vida do recém-nascido e uma rede de apoio,
conseguimos dar alta hospitalar a bebês com maior segurança e chance de sobrevida.”
Fonte: VPO Comunicação