1 de Dezembro de 2018 | 15h03
O Programa Saúde Digital, da Unimed Sorocaba, obteve a primeira colocação no Prêmio de Excelência na Jornada do Cliente, categoria Médio Porte. O anúncio foi feito durante o Encontro Nacional da Marca, Gestão e Desenvolvimento, realizado pela Unimed do Brasil em 7 de novembro, na cidade de São Paulo. Para o vice-presidente da Cooperativa médica sorocabana, Paulo Hungaro Neto, a conquista representa o reconhecimento externo à visão da Operadora e dos seus valores organizacionais. O Prêmio tem como propósito reconhecer ações que contribuíram positivamente para a experiência do cliente junto à Unimed. Ao todo, 26 Unimeds se inscreveram e foram categorizadas de acordo com seus respectivos portes (pequeno, médio e grande). Os trabalhos inscritos foram submetidos a dez jurados externos, que atribuíram notas de acordo com critérios constantes no regulamento.Na categoria Pequeno Porte, o primeiro lugar ficou para a Unimed Itapetininga e o segundo, para a Unimed Alfenas. Na de médio porte, venceu a Unimed Sorocaba, seguida pela Unimed Ceará e Unimed Cascavel. As Unimeds Belo Horizonte, Vitória e Santa Catarina ficaram em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente, na categoria Grande Porte. O programa premiadoO Programa Saúde Digital, da Unimed Sorocaba, é um serviço disponibilizado sem custo adicional aos pacientes considerados de risco. Ele oferece pulseiras, balança e glicosímetros que se conectam a um aplicativo de saúde denominado Wippe Track. Este, por sua vez, armazena cada medição realizada pelos portadores. Esses dados vão para uma central de monitoramento, formada por enfermeiros, nutricionistas e psicólogos. Juntos, esses profissionais acompanham, além dos indicadores básicos (como glicemia e pressão arterial), a quantidade de passos dados durante determinado período, seu peso corporal, entre outros. Quando qualquer anormalidade ocorre, automaticamente e em tempo real, a cadeia de profissionais é acionada, culminando – se a situação for grave – em uma interferência imediata e na orientação adequada para o paciente. Esta inovação pode ser extremamente útil na coordenação dos cuidados preventivos aos portadores de patologias crônicas, no controle das sinistralidades e no monitoramento remoto dos pacientes. Do mesmo modo, o médico que atende habitualmente o paciente tem acesso a todos os dados captados, que são apresentados em forma de relatórios. Isto também contribui como subsídio às decisões clínicas. Segundo Paulo Hungaro Neto, “a tecnologia deve ser uma aliada para enaltecer a humanização do atendimento e é aí que ela faz todo sentido”. Desde que o piloto do Programa Saúde Digital foi apresentado, ele tem chamado a atenção de outras Unimeds. Várias, inclusive, já o implantaram. “No Sistema Unimed, somos referência não somente neste programa, mas em muitas ações. Posso garantir que esta movimentação também impactou no resultado alcançado em 2018. O Programa Saúde Digital está incorporado ao Núcleo de Atenção Integral à Saúde (NAIS), unidade da Unimed Sorocaba responsável pelas ações preventivas à manutenção da boa saúde e de acompanhamento de pacientes crônicos e considerados de risco. Maria José de Souza, coordenadora médica do NAIS, conta como a ideia foi concebida e ganhou materialidade ao longo do tempo. “Temos como premissa trazer soluções para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. Fizemos muitos projetos desde o início do EVB e, um dia, pensamos – como podemos melhorar ainda mais a saúde dos nossos beneficiários? Como podemos ajudá-los a se reeducarem e prevenirem ainda mais? Como podemos inovar, fazer diferente?”, detalha. “Assim, atentos às tendências do mercado da saúde, partimos em busca de um parceiro na área de tecnologia. Encontramos a BR HomMed, startup de São Paulo que atua na área de monitoramento digital de saúde e em telemedicina. Ela engloba o uso de um app, com conexão Bluetooth, a dispositivos médicos e a uma central de monitoramento – esta, composta por enfermeiros, psicólogos e nutricionistas, que analisam os dados de saúde coletados, acompanham os alertas dos pacientes e fazem um extenso trabalho de engajamento dos usuários ao tratamento proposto”, explica Maria José.Ela também indica que, na fase piloto, foram selecionados 55 pacientes portadores de diabetes e que, em seis meses, foram coletados mais de 20.000 dados de saúde. “O trabalho da equipe foi bastante intenso, com contatos frequentes por meio de chat, telefone e videoconferência. O resultado foi acima do que esperávamos: o engajamento ao programa foi de 80,5%, tivemos uma redução de 29% do uso do Pronto Socorro, 62% dos participantes perderam peso e a hemoglobina glicada da carteira diminuiu de 8,5% para 7,2. Ao final do programa, foi aplicada uma pesquisa de satisfação e o resultado foi de 96% de aprovação”, comemora.