2 de Junho de 2015 | 00h00
No dia 4 de junho, a Unimed Sorocaba completará 44 anos de fundação. Segundo seu atual presidente, o cirurgião vascular José Francisco Moron Morad, a cooperativa médica deverá expandir ainda mais suas operações na cidade.
“Planejamos investir cerca de R$ 50 milhões na expansão de áreas internas do nosso hospital e outros R$ 30 milhões na construção da Unidade Assistencial e Administrativa, que será erguida no terreno de 11 mil metros quadrados no Jardim Emília, vizinho ao Lar Bethel, que adquirimos há alguns anos.”
Unimed Sorocaba em números
Atualmente, a Unimed Sorocaba congrega 1.031 médicos cooperados, emprega quase dois mil colaboradores diretos e atende 80.348 clientes próprios e 79.857 de outras Unimeds, procedimento denominado como intercâmbio. Seu laboratório processa, aproximadamente, 145 mil exames por mês. O setor de imagens realiza uma média de 24 mil procedimentos, como raios-x, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas, entre outros.
No Hospital Doutor Miguel Soeiro – que deverá receber o investimento de R$ 50 milhões – nasce, todos os meses, uma média de 160 bebês; são realizadas em torno de 2.200 cirurgias de baixa, média e alta complexidade e são atendidas, aproximadamente, 17 mil pessoas no pronto-atendimento. “Hoje, temos a satisfação de afirmar que nossos especialistas conseguem suprir todas as demandas geradas por nossos clientes”, afirma Moron.
Investimentos
Há dois anos, a Unimed Sorocaba incorporou o planejamento estratégico quadrienal para sua gestão. Essa ferramenta de administração embasa e direciona as ações estratégicas da instituição, mas não é uma peça inflexível ou imutável. “Entendo que sonhar também é papel dos presidentes”, diz Moron. “Alguns dos sonhos que temos nem estão no planejamento estratégico atual, mas podem, perfeitamente, vir a ser incorporados a qualquer momento. Isso, logicamente, desde que a situação econômica permita”, complementa, sinalizando que outras novidades poderão ser anunciadas ainda neste ano.
O investimento de, aproximadamente, R$ 50 milhões no hospital permitirá a ampliação do Centro Cirúrgico; triplicará a capacidade de internação da UTI Adulto e expandirá todo o Eixo Industrial, setor imprescindível que garante o suporte às atividades desenvolvidas.
Com a construção da Unidade Assistencial e Administrativa, orçada, inicialmente, em R$ 30 milhões, será possível realocar vários dos serviços que, hoje, são executados no hospital, como os exames de imagem e laboratoriais. “Com isso, teremos espaço para outras ampliações no Hospital Doutor Miguel Soeiro, sem a necessidade de novas obras”, pontua o presidente da Unimed Sorocaba.
Remuneração médica
Em comparação com as demais operadoras de planos de saúde e, até mesmo, outras Unimeds, a Unimed Sorocaba é uma das que melhor remunera os médicos que atendem seus clientes. “Nossa política é valorizar os cooperados em todos os sentidos, inclusive financeiramente”, expõe Moron.
Para se ter ideia, mensalmente, a Unimed Sorocaba repassa aos seus cooperados cerca de R$ 11 milhões. “Isso representa um ganho médio individual de R$ 10 mil”, compara Moron. “Se não fosse pela cooperativa médica, o campo de trabalho para os profissionais da medicina que atuam na cidade seria muito difícil”, avalia.
Atenção primária à saúde
Atualmente, a Unimed Sorocaba está em fase de elaboração de um novo conceito de atendimento aos seus clientes. Trata-se do Serviço de Atenção Primária à Saúde (SAPS). “Numa comparação bastante abrangente, seria como o tradicional médico da família, figura comum até os anos 70”, correlaciona Moron.
O objetivo principal do serviço é atender às necessidades básicas de saúde, integrando ações preventivas e curativas. Basicamente, o modelo oferece ao usuário a possibilidade de ser acompanhado por um médico-referência.
Esse método é muito comum e bem aceito nos Estados Unidos e na Europa, sobretudo por apresentar maior resolutividade nos problemas e priorizar a prevenção e a qualidade de vida.
A figura do médico que atenderá os usuários pode ser equiparada à de um consultor médico. Seu papel será indicar, quando necessário, o melhor especialista para a patologia do paciente. “Um bom clínico consegue eliminar 80% dos males das pessoas”, calcula o presidente da Unimed Sorocaba.
Preocupações
Para Moron, é preciso haver uma profunda mudança nas regras que regulamentam a saúde suplementar no Brasil. “Temos de organizar um sistema de saúde que privilegie a atenção primária à saúde”, enfatiza. “Da forma como está, corremos o risco de presenciar uma ruptura econômica generalizada das operadoras de planos de saúde”, alerta. “No início da segunda metade dos anos 90, havia mais de duas mil operadoras; hoje, são cerca de setecentas. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, deverão ser apenas 300 num curto espaço de tempo.”
Um dos pontos que o preocupa é a sinistralidade (utilização dos serviços pelos usuários). “A Organização Mundial da Saúde indica como ideal que cada pessoa passe por três consultas médicas por ano”, relembra Moron. “Na Unimed Sorocaba, a média de consultas anuais por usuário é de seis, ou seja, o dobro. É como se todos os nossos clientes passassem por uma consulta a cada dois meses.”
A preocupação que esse volume acima da média gera justifica-se não somente pelo custo das consultas, mas também pelos exames complementares. “Historicamente, uma consulta desencadeia entre quatro ou cinco exames subsidiários”, revela.
As liminares judiciais, que obrigam as operadoras a cobrir procedimentos não estabelecidos em contrato ou pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, também são encaradas como fator de risco para o sistema. Moron cita que, durante anos, muitos juízes, induzidos por profissionais mal intencionados concediam liminares impondo que as operadoras de planos de saúde comprassem um determinado tipo ou marca de órtese, prótese ou material especial, as conhecidas OPMEs. “Quando o programa Fantástico, da Rede Globo, denunciou aquilo que ficou conhecido como máfia das próteses, o custo com que tínhamos de arcar – que, sabidamente, era desnecessário – caiu em 25%.”
Fonte: SZS Assessoria de Imprensa