4 de Julho de 2012 | 00h00
Com a presença de médicos e profissionais de diferentes áreas da saúde, o Centro de Estudos da Unimed Sorocaba (CEUS) realizou na noite do último 21 de junho o IX Simpósio Unimed de Humanização.
Durante o evento, o médico e arquiteto Domingos Fiorentini, a assistente social Rosineide Rodrigues Roseno Soares e a aposentada Nancy Moron Guarnieri deram seus depoimentos em palestras que despertaram muito a atenção dos presentes.
O encontro foi aberto pelo doutor Carlos Renato Imamura, representante do CEUS, que saudou os presentes e agradeceu a participação dos palestrantes. O primeiro a falar foi Domingos Fiorentini. A partir do tema “Arquitetura e Humanização”, Fiorentini discorreu sobre como a arquitetura e os recursos tecnológicos podem influenciar, positiva e negativamente, os usuários dos serviços hospitalares e, numa bem-humorada narrativa, contou sobre suas experiências frustrantes como paciente num renomado hospital particular de São Paulo.
Fiorentini atua em arquitetura hospitalar há 46 anos. “O Hospital Unimed Sorocaba (HUS) mudou o conceito sobre hospitais em Sorocaba e região e serve como exemplo até fora do Brasil”, afirmou. Para embasar sua colocação, citou a visita de uma comitiva formada por representantes de 50 países que, em 2005, esteve em Sorocaba para conhecer o HUS.
Segundo o médico-arquiteto, o mais importante na gestão hospitalar é entender quais são as necessidades reais do paciente. “Quando se fala em humanização, o determinante são os aspectos psicológicos, nãos os físicos ou estruturais. É preciso entender que o paciente quer receber atenção. Até mesmo, quando precisar esperar mais para ser atendido, alguém deve comunicar isso e não, simplesmente, deixá-lo esperando.”
A assistente social Rosineide Roseno, que coordena o setor de Assistência Social do HUS, abordou de maneira bastante abrangente diversos processos de humanização, seus aspectos espirituais, o trabalho voluntário, a importância da família e, inclusive, a Política Nacional de Humanização. “O cuidado normal com o paciente é de responsabilidade de toda equipe de saúde”, alertou.
A última a discursar foi a aposentada Nanci Moron Guarnieri, viúva do professor e diretor escolar Lílio Guarnieri. “Falarei com o coração”, disse. Por cerca de meia hora, Nanci contou como foi importante o apoio oferecido pela equipe do HUS. “Eles cuidavam de tudo. Nós nos preocupávamos apenas em ser ‘família’”, afirmou.
De acordo com Nanci, é possível, tanto para a família quanto para o paciente, encarar de maneira serena os momentos que antecedem a morte. “O Lílio preparou todo mundo para o momento derradeiro e sempre afirmava que estava tranquilo, que estava bem, que tinha tido uma vida feliz e plena. Uma de minhas filhas resumiu esse período dizendo: foi uma história feliz com um final triste”.
Fonte: SZS Assessoria de Imprensa