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13 de Dezembro de 2004 | 00h00

Uniforme destaca o profissional e garante economia nas roupas

A sobriedade e seriedade do trabalho desenvolvido pela Unimed também são traduzidas pelo uniforme usados pelos cerca de 700 funcionários.
 
Estar empregado é um diferencial para as pessoas em relação a outras que engrossam o contingente de desempregados do país. E, se, além do registro em carteira e dos benefícios que a empresa oferece, for obrigatório o uso do uniforme no ambiente de trabalho - principalmente se a contratante for uma empresa bem conceituada no mercado -, isto pode ter conotações diversas para as pessoas.

Em alguns pontos, porém, todas concordam; é uma forma de demonstrar o potencial de empregabilidade, motivo de orgulho e de economia, aliados à despreocupação com referência à escolha da roupa mais adequada para ir trabalhar, principalmente entre as mulheres.

Para as empresas que investem na confecção dos uniformes dos funcionários, esta é uma forma de passar para os clientes a cultura empresarial, traduzida em organização, seriedade e responsabilidade e os investimentos na confecção das peças têm trazido às empresas resultados significativos do ponto de vista institucional.

Empresários do ramo de confecção de uniformes profissionais, embora mais focados no segmento industrial, também demonstram satisfação com os retornos mercadológicos e financeiros obtidos com a comercialização das peças, inclusive para clientes internacionais.

Organização e disciplina

O uniforme faz parte da política do Extra Hipermercado e foi adotado desde a fundação da empresa, há 15 anos. A prática é a mesma nas 72 lojas da rede em todo o país, padronizando a vestimenta de trabalho de 27 mil funcionários; na loja de Sorocaba trabalham 480 pessoas e 180 foram contratadas somente este ano, informa o diretor Marcos Gonçalves Oliveira.

Cada funcionário recebe gratuitamente 3 trocas e a substituição das peças é feita a cada 6 meses. Segundo o diretor, o investimento na confecção dos uniformes é de R$ 8 mil a R$ 10 mil, por mês, só na loja de Sorocaba e esse investimento traz um retorno significativo para a empresa, por demonstrar a organização e disciplina do grupo, ressalta o diretor Oliveira. 

A sobriedade e seriedade do trabalho desenvolvido pela Unimed também são traduzidas pelo uniforme usados pelos cerca de 700 funcionários da cooperativa de serviços médicos-hospitalares em Sorocaba, destaca o diretor José Francisco Moron Morad. O uniforme - criado pela primeira vez em 92 - padronizou o vestuário dos funcionários, todas as peças são confeccionadas sob medida, a reposição ocorre anualmente e a cada 2 anos, os funcionários ganham novo modelo de roupa para trabalhar.

A partir de janeiro de 2005, a equipe funcional da Unimed/Sorocaba continuará vestindo as cores da empresa, mas o uniforme será outro, antecipa a assistente de Marketing, Simone Pietrobon Ramiro. A Unimed investe R$ 80 mil, em média, na confecção dos uniformes a cada troca de modelo e para o diretor este é um investimento pequeno em relação ao benefício obtido pela cooperativa.

O uniforme das recepcionistas de uma empresa de cartão de crédito demonstra a organização e a preocupação com a qualidade no atendimento, destaca a supervisora de Recursos Humanos, Luci Bonifácio. O uniforme foi adotado em 2000, para facilitar aos clientes a identificação das funcionárias e, como as peças são feitas sob medida e o modelo é bastante feminino, refletiu na auto-estima das funcionárias, destaca a supervisora de RH.

Aspectos mercadológicos

Há 20 anos no mercado de confecção de uniformes profissionais, o empresário Jorge Hatem emprega 38 funcionários e confecciona em média 120 mil peças por ano para cerca de 700 empresas/clientes do Brasil (60% delas na região de Sorocaba), e de países como a Alemanha, Espanha e Argentina. São empresas de pequeno e médio porte e multinacionais e calcula que em 2004 houve um crescimento em torno de 20% na produção, em relação a 2003, em virtude do aumento nas contratações nas indústrias, devido às exportações.

Hatem ressente-se, porém, da concorrência desleal de confecções que funcionam "em fundo de quintal" e que atrapalham as empresas legalizadas. Por isso, investiu em máquinas e equipamentos e está buscando novos mercados no Exterior, para expandir a produção e aumentar as vendas entre clientes mais seletivos e exigentes em termos de fornecedores.

A família do empresário João Francisco Guariglia está no ramo de uniformes escolares e profissionais em Sorocaba há 45 anos. Atualmente ele atende cerca de 2 mil empresas/clientes de Sorocaba, região e de outros Estados somente na confecção de uniformes de trabalho. Também sente as investidas desleais das confecções informais e diz que os empresários de Sorocaba ainda concorrem com as empresas do Paraná, que comercializam as peças com preços diferenciados porque valem-se de uma tributação estadual menor.

Para manter a empresa competitiva no mercado, Guariglia investe na qualidade dos serviços e da produção, com treinamentos do pessoal. Emprega diretamente 68 pessoas na confecção e, para este ano estima um crescimento de 8% na quantidade de peças confeccionadas.

Orgulho e marketing

"Para mim é um orgulho usar o uniforme da empresa e até divulgo quando vou para a faculdade", afirma Edson Rodrigues Barbosa Júnior, que trabalha no Centro de Processamento de Dados (CPD) do Extra e cursa Gestão Financeira. A colega Marisa Gonsales Miranda vem de Salto de Pirapora de ônibus para trabalhar e conta que tornou-se comum as pessoas perguntarem a ela sobre as promoções do hipermercado.

Depois do expediente, Leci Lopes de Paula precisou ir a um dos shoppings da cidade, antes de voltar para casa, e como estava de uniforme teve que atender clientes da Unimed e responder perguntas sobre o plano de saúde. Para a funcionária da empresa de cartão de crédito, Camila Rodrigues Ramos, o uso do uniforme de trabalho é uma forma de fazer marketing para a empresa da qual se orgulha de pertencer.

Fonte: Cida Vida - Redação Cruzeiro do Sul


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