26 de Janeiro de 2017 | 00h00
À primeira vista e dentro do contexto hospitalar, o Sistema de Correio Pneumático (SCP) para transportar produtos e documentos parece um recurso existente tão somente em filmes de ficção científica.
Porém, a tecnologia já é realidade e está em pleno funcionamento no Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), transportando coletas de materiais que serão analisados pelo laboratório, medicamentos e laudos de exames. Nele, cápsulas circulam dentro de tubos pressurizados, atravessam paredes e interligam setores estratégicos do hospital em questão de segundos. O recurso é inédito na região.
Para citar apenas um dos benefícios diretos do SCP, a liberação dos resultados dos exames laboratoriais tornou-se muito mais rápida, principalmente para os pacientes da Emergência. Segundo o diretor administrativo do HMS, Edson Cumpian Paulossi Júnior, em horários de pico, o SCP chega a realizar um transporte e meio por minuto. “A Farmácia Satélite da Internação é o setor que mais utiliza o recurso, com, aproximadamente, 25% do fluxo total; seguida do Laboratório e da Emergência”, revela.
De acordo com o coordenador médico da Emergência do HMS, Celso Bueno Abujamra, a nova tecnologia representa uma significativa e importante evolução, proporcionando mais rapidez e segurança na entrega das amostras no Laboratório. “Na Emergência, enviamos todas as coletas para o Laboratório por meio do Correio Pneumático, com exceção do líquor que, por ser um material mais delicado, ainda é entregue pessoalmente. Além disso, por meio do sistema interligado, recebemos da Farmácia Central medicamentos que, por ventura, não temos na unidade satélite da Emergência”, complementa Celso.
Ainda segundo o coordenador médico da emergência, o SCP foi uma grande inovação, trazendo mais agilidade a um serviço que sempre exige rapidez e segurança. “Além de proporcionar ainda mais satisfação ao paciente, o que é um grande fator em termos mercadológicos, pois a ‘propaganda’ feita pelo próprio cliente tem um valor muito forte”, finaliza.
Os processos assistenciais se tornaram ainda mais ágeis desde que o SCP começou a funcionar. De acordo com o coordenador médico do Laboratório da Unimed Sorocaba, Edson Shusaku Shitara, quando as amostras coletadas na Emergência, Posto de Coleta Ambulatorial e pelas equipes de enfermagem da Internação eram transportadas por mensageiros, demorava em torno de cinco minutos. “Agora, o tempo médio é de quinze segundos, ou seja, vinte vezes mais rápido que o método tradicional”, compara.
Shitara também destaca que, ao utilizar a ferramenta, o coletador permanece em tempo integral na Emergência, o que agiliza o processo de coleta e, consequentemente, diminui o tempo de permanência do paciente na unidade. Edson Cumpian revela que a média de envios no SCP ultrapassa a barreira de trezentos transportes por dia. “O tempo de percurso de uma cápsula pode variar de 13 segundos a um minuto e doze segundos”, diz.
Fonte: SZS Assessoria de Imprensa