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19 de Dezembro de 2017 | 12h42

Recebe alta o paciente que passou pelo primeiro transplante duplo de rim e fígado na região

No último 4 de dezembro, A.M.S., um aposentado de 55 anos, recebeu alta médica e pôde voltar para sua casa, em Iperó. Na região de Sorocaba, esta foi a primeira pessoa a passar por um transplante duplo – na ocasião, de rim e fígado. A cirurgia aconteceu em 21 de novembro. 

Tecnicamente denominado como transplante combinado, considera-se este procedimento de alta complexidade e risco. Ele foi realizado pela equipe de transplantes do Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Antonio Maria estava na fila de espera há cerca de quatro meses e foi contemplado devido à sua grave condição clínica. No caso específico do transplante de fígado, o estado de saúde do receptor é o que ordena a lista.

“Foram oito horas de cirurgia, de uma maneira totalmente orquestrada. Enquanto uma equipe retira o órgão, outra prepara o paciente que irá recebê-lo”, explica o coordenador médico de transplantes de fígado da Unimed Sorocaba, Renato Hidalgo. “Foram mais de dez médicos envolvidos, além de outros profissionais da saúde”, destaca o cirurgião. “O transplante de fígado é complexo por natureza. Conforme você associa mais complexidade, gera mais riscos.”   

A cooperada Milene Guilhem Gomes também participou do procedimento. Nefrologista e uma das responsáveis pela equipe de transplante renal do HMS, ela entende que o feito corrobora a competência técnica e humana da instituição. "Falando exclusivamente do transplante renal – este agrega como mais uma modalidade de transplante do HMS. Graças à ótima infraestrutura do hospital, permite-se a realização de procedimentos de alta complexidade."

Por sua vez, o urologista e cooperado Marcelo Viola Gabaldo, coordenador da equipe de transplante renal ao lado de Milene, pontua que, ao conduzir este duplo transplante, a cooperativa colocou Sorocaba no mapa dos grandes procedimentos e oferta um recurso médico avançado à população do município e da região. "O evento só confirma o que já se sabia: o HMS desponta como um centro de excelência em medicina regional", enfatiza.







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