3 de Dezembro de 2004 | 00h00
Psicóloga da Unimed de Sorocaba apresentou no México trabalho feito a partir de vivências em UTI neonatal
Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise, Mariza coordena, há quase seis anos, o Serviço de Atendimento Psicológico ao Paciente do Hospital Unimed de Sorocaba.
No último mês de setembro, a psicanalista sorocabana Mariza Inglez Stilitano de Souza apresentou o trabalho “Bebês em situação de risco – Vivências em UTI neonatal e pediátrica no Hospital Unimed de Sorocaba”, durante o 25o Congresso da Federação Psicanalítica da América Latina, realizado na cidade de Guadalajara, no México. O trabalho foi bastante discutido e elogiado pelos participantes.
Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise, Mariza coordena, há quase seis anos, o Serviço de Atendimento Psicológico ao Paciente do Hospital Unimed de Sorocaba. O primeiro trabalho que implantou foi justamente o atendimento na UTI neonatal e pediátrica. “Tendo em mente que as primeiras vivências têm papel fundamental na personalidade do indivíduo e que os bebês internados estão sob forte estresse, situação esta que constitui um grande risco para o desenvolvimento futuro das crianças, é fundamental que adotemos ações desde o período de internação que permitam um desenvolvimento psíquico saudável”, resume.
A psicanalista conta que no momento da internação de recém-nascidos ou crianças numa UTI, a angústia vivida por seus pais pode chegar a ponto de eles se afastarem física e/ou emocionalmente do filho. “Quem tem um bebê internado, vive num estado de tensão extremamente alto, mesmo sabendo que a criança está sendo bem assistida”.
“Na situação de internação em UTI neonatal, todos os participantes (bebê, pais e equipe) estão sob forte tensão”, reflete a psicanalista. “Um bebê internado está no centro de uma grande turbulência. É picado por agulhas; ajudado a respirar pela introdução de um tubo que lhe agride; fica longe dos braços, do seio e do odor da mãe, está sujeito a manipulações que, por mais necessárias que sejam, podem causar-lhe dores e, até mesmo, danos psíquicos”. Segundo ela, os pais costumam ficar aturdidos com a situação em si estressante de ter um bebê internado, preocupados com o desenrolar diário dos fatos, com a situação objetiva do acúmulo de responsabilidades e despesas, com a preocupação em relação aos outros filhos que deixaram em casa e, especialmente, com todo o contingente de culpas e fantasias acirrado pela situação.
Na Unimed de Sorocaba, Mariza e sua equipe coordenam um serviço cujo objetivo é trabalhar as situações que envolvem os pais e as crianças internadas. “Procuramos, principalmente, facilitar o vínculo entre eles, na medida em que os aliviamos de tensões desnecessárias que costumam conturbar esta relação pais-bebês, que é de extrema importância para o futuro desenvolvimento emocional do bebê e da família. As reações da criança diante da presença afetiva e do toque físico de seus pais a deixa, nitidamente, com mais vontade de viver”, finaliza.
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