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10 de Março de 2009 | 00h00

Projeto desenvolvido por docentes e alunos da Fatec beneficará processo de esterilização em produtos termo-sensíveis no Hospital Unimed de Sorocaba

Desde o segundo semestre de 2008 dois grupos de estudantes do terceiro e quarto semestres do curso superior de tecnologia de Projetos, Manutenção e Operação de Aparelhos Médico-Hospitalares, da Fatec-Sorocaba, acompanhados por docentes da instituição,

Estudam junto ao Hospital Unimed de Sorocaba (HUS) métodos alternativos ao uso do glutaraldeido. O objetivo é encontrar uma alternativa viável e menos agressiva aos profissionais que manipulam o produto e ao meio ambiente, o estudo deve estar concluído até junho. 

O glutaraldeido é largamente utilizado por hospitais, clínicas médicas e serviços de saúde na desinfecção de alto nível e esterilização de elementos termo-sensíveis como endoscópios, conexões de respiradores, equipamentos de terapia respiratória, tubos de espirometria, cateteres, óticas, drenos e tubos de poliestireno, entre outros, que não podem sofrer esterilização pelos processos físicos.

Segundo a Associação de Consciência à Prevenção Ocupacional (ACPO), estudos realizados indicaram que o contato com a substância pode causar leve irritabilidade da pele em uma pequena proporção de indivíduos, principalmente, na forma de dermatite alérgica de contato. Isto geralmente resulta do contato com o líquido, mas ocasionalmente poderá haver uma reação ao vapor do glutaraldeido. Em 2007, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo aprovou a resolução SS-27, que instituiu medidas de controle sobre o uso da substância em estabelecimentos assistenciais de saúde.

A necessidade de buscar alternativas ao uso do glutaraldeido no HUS foi motivada pela preocupação que o hospital tem com a saúde de seus profissionais e com o meio ambiente. “Mesmo adotando todas as medidas de controle e uso adequado do produto, assim como a obrigatoriedade dos nossos colaboradores em utilizar os equipamentos de proteção individual necessários, entendemos que poderíamos encontrar um caminho alternativo ao uso do glutaraldeído e, ainda, beneficiar o meio ambiente, outra de nossas prioridades institucionais”, explica Lenira Swain Müller, diretora administrativa do HUS. 

A professora-doutora Elisabeth Pelosi Teixeira, Chefe do Departamento do curso de Projetos, Manutenção e Operação de Aparelhos Médico-Hospitalares, da Fatec-Sorocaba, acompanha os estudos que estão sendo feitos pelos grupos de estudantes no HUS. “Neste momento já temos idéia das tecnologias que poderemos oferecer como alternativas para que haja uma migração segura”, revela. 

De acordo com a diretora administrativa do HUS, a mudança no processo de esterilização desses equipamentos levará em consideração quatro particularidades: a saúde dos pacientes, a saúde dos trabalhadores, a saúde dos equipamentos e a saúde do meio ambiente. Por isso, além da Direção Clínica, os responsáveis pela Engenharia Clínica, Enfermagem e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) acompanham o estudo da Fatec. 

“A parceria com a Fatec-Sorocaba está sendo fundamental neste processo de mudança”, pondera Lenira. “Até os aspectos sobre a viabilidade econômico-financeira de cada alternativa estão sendo analisados por um economista, docente da instituição, e isto nos proporciona ainda mais segurança”, afirma.

Fonte: SZS Assessoria de Imprensa


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