3 de Março de 2010 | 00h00
Novamente, o Hospital Unimed de Sorocaba (HUS) dá um grande passo tecnológico.
Já se encontra em funcionamento um moderno sistema de arquivamento e comunicação de imagens denominado PACS (Picture Archive and Communication System), por meio do qual todas as imagens e laudos de exames como raio x, ressonância magnética, mamografias, entre outros, ficam arquivados virtualmente e podem ser acessados em qualquer setor do hospital ou à distância, por médicos e pacientes.
Atualmente, o hospital realiza, cerca de, 12 mil exames de imagens por mês. “Com esta nova tecnologia, nossos usuários ganharão mais qualidade, precisão, segurança e rapidez nos exames de imagem”, destaca o superintendente da Unimed Sorocaba, doutor José Francisco Moron Morad. Brevemente, os clientes da Unimed Sorocaba que fizerem exames de imagem levarão no lugar das tradicionais pastas contendo as películas e os laudos, imagens impressas por computador e um CD, onde as mesmas estarão gravadas em alta resolução e poderão ser acessadas por ele e pelo médico assistente em qualquer computador. “A intenção é que quando ele voltar para fazer um novo exame, traga o CD para que as novas informações sejam gravadas, formando uma espécie de banco de dados”, explica.
Os principais setores do HUS já estão interligados e se interagem por uma ampla rede. Desde a chegada do usuário na recepção, até os controles de medicamentos, pedidos de exames, prescrições médicas e evoluções, tudo é captado instantaneamente por essa rede. Com a implantação do PACS, a instituição atinge um nível de tecnologia inédito nos hospitais da região.
Segundo Luís Carlos Terciani, gerente de Tecnologia da Informação da Unimed Sorocaba, já está sendo estudada a possibilidade de estender o PACS até os consultórios dos médicos cooperados. “Utilizamos tecnologia considerada de ponta neste segmento, e a virtualização dos servidores, o que permite a mudança de hardware sem prejudicar a operacionalização do serviço”, explica Terciani. Para garantir a segurança dos exames e dos laudos, são feitos backups de todos os arquivos, os quais permanecem guardados em um servidor instalado fora do hospital e em fitas, que ficam arquivadas num cofre à prova de fogo.
O projeto foi realizado para contemplar as demandas que estão em crescimento e para que não ocorra o “blecaute” nos arquivos de imagens. Ainda não se sabe quanto de espaço virtual será necessário para acomodar todo o volume de informações que serão geradas pelo PACS. “Inicialmente, reservamos 10 terabytes, o que equivale a 10.024 gigabytes, mas estamos preparados para expandir essa capacidade”, conta Terciani.
Uma das necessidades especiais para instalar o PACS foi a aquisição de monitores de altíssima resolução juntamente com estações de trabalho denominada “Workstations para diagnóstico”. “Para laudar os exames de radiologia, raio x e ressonância magnética, por exemplo, adquirimos monitores de 3,0 megapixels e para os de mamografia digital, de 5,0 megapixels, o que permite uma resolução e acuracidade de imagem extremamente elevadas e confiáveis”, revela Jorge Hirose, do Departamento de Engenharia Clínica do HUS.
SOBRE O PACs
Os sistemas PACS são ferramentas que integram as imagens de um paciente às informações tradicionais. Tais sistemas representam a evolução natural do trabalho com imagens no formato digital, além de fornecer um acesso melhor, mais rápido e mais seguro às imagens armazenadas e também minimizam suas perdas. Os PACS possuem recursos de tratamento de imagens que possibilitam obter informações mais precisas sobre estruturas anatômicas e patologias, ajudando os médicos a diagnosticar doenças que até então não poderiam ser detectadas por procedimentos tradicionais.
Estes sistemas permitem o intercâmbio de informações, tanto entre médicos, quanto entre pacientes e médicos. Através da internet, vários médicos podem analisar as mesmas imagens e debater sobre estas. Ao passo que, após alguns instantes de realizado o exame, o paciente pode acessar de qualquer computador com acesso a internet, dados sobre o seu exame, inclusive o laudo médico.
Ao promover uma maior segurança dos dados contra perdas e deteriorização, ao armazená-los de forma eletrônica, os PACS não só fornecem um acesso aos dados mais rápido como também reduz custos. Pois a partir do momento em que é implementado, o departamento radiológico passa a ter uma redução nos gastos com filmes que pode chegar a 25%, o que é conhecido como radiologia film-less.
Os PACS tradicionais baseiam-se na recuperação de imagens usando somente atributos textuais precisamente associados às mesmas, tais como nome do paciente, tipo de patologia, etc. Porém, um sistema de busca baseado no conteúdo pictórico das imagens potencializa o diagnóstico e ajuda no tratamento de uma possível doença.
Tradicionalmente, os PACS são implementados utilizando-se uma arquitetura cliente-servidor. As imagens ficam localizadas em um banco de dados no servidor e este as distribui para máquinas-clientes. Com o desenvolvimento de tecnologias de rede e de sistemas de comunicação e transferência eficiente de informações, tornou-se possível projetar um banco de arquivamento distribuído, onde as imagens e os dados podem ser armazenados em diferentes lugares de uma rede e ainda ser acessível em qualquer parte dela própria.
Fonte: SZS Assessoria de Imprensa