19 de Julho de 2021 | 09h18
Depois de
um longo período, quando a pandemia limitou a realização de vários procedimentos,
o Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS) começa a voltar à normalidade, inclusive
incorporando novas ações assistenciais, abrindo mais campos de trabalho aos
cooperados. Confira abaixo, duas dessas novidades.
Primeira cirurgia fetal
da região
Pela
primeira vez na região foi realizada uma cirurgia fetal endoscópica para
correção de espinha bífida. Ela aconteceu no dia 16 deste mês, no Hospital Dr.
Miguel Soeiro (HMS), e foi bem-sucedida.
A fetoscopia é um procedimento endoscópico transabdominal, guiado por
ultrassonografia. Já a espinha bífida é uma anomalia caracterizada por
protrusão de meninges, raízes nervosas e medula, através de uma abertura no
arco vertebral, o que pode levar à paralisia dos membros inferiores, diferentes
graus de restrições no desenvolvimento intelectual e disfunções intestinais,
gênito-urinárias e ortopédicas.
A
cirurgia foi realizada pelo doutor Renato Luís da Silveira Ximenes, responsável
por uma equipe que, desde 2006, já soma mais de 350 procedimentos cirúrgicos
dessa natureza. Ele é o titular da Vice-Presidência da Fundação Medicina Fetal Latino-Americana
(FMFLA), da qual também é o coordenador do curso de pós-graduação em Medicina
Fetal e da equipe de cirurgia fetal; é membro do Comitê de Ultrassonografia do
Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), embaixador no Brasil da International
Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology (ISUOG) e mestre em
Ciências Médicas pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp.
Junto a
ele, também atuaram na cirurgia os professores-doutores Antonio Moron e Sérgio
Cavalheiro e os professores Maurício Barbosa, Ítalo Suriano e Stephanno
Sarmento. “Tivemos um grande apoio de todos da Unimed Sorocaba, tornando esse
procedimento possível”, enfatizou o doutor Renato Ximenes.
Neonatos, crianças e
adolescentes
portadores de
patologias cardiológicas
Desde junho, o Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS) realiza atividades de
assistência às crianças portadoras de cardiopatia congênita. Nos últimos meses,
a Diretoria trabalhou junto aos cardiologistas pediátricos na formação de uma equipe
que atuasse nas mais diversas patologias cardiológicas, desde neonatos até
adolescentes.
Segundo o cardiologista intervencionista doutor Paulo Cícero Aidar
Maiello, coordenador do Serviço de Hemodinâmica do HMS, a parceria evita que os
pacientes precisem ser encaminhados aos serviços de São Paulo, além de agregar
conhecimento e tecnologia ao HMS.
As primeiras atividades foram realizadas em três pacientes: um de três
anos (valvuloplastia pulmonar), outro de um ano (fechamento de canal arterial)
e, finalmente, um adolescente com 15 anos de idade (correção de coartação da
aorta com implante de stent). Todas as intervenções foram realizadas sem
intercorrências e com o auxílio dos anestesistas do Setor, representados pelo
doutor Maurício Augusto Viceconti. As crianças tiveram alta em 24 horas.
Equipes
Cirurgia cardíaca pediátrica – A coordenação é do doutor José Cícero
Stocco Guilhen, professor-adjunto da disciplina de Cirurgia Cardiovascular da
Unifesp-EPM, doutor em Medicina pela mesma instituição e especialista em Cirurgia
Cardiovascular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
Hemodinâmica – É coordenada pela doutora Célia Maria Camelo Silva,
graduada em Medicina pela Universidade Federal de Goiás, com especialização e
fellowship em Cardiologia Pediátrica pelo Hospital for Sick Children e também pela
Royal Brompton National Heart & Lung Hospital, além de mestrado e doutorado
em Medicina (Cardiologia) pela Unifesp.
Ecocardiografia e cardiologia pediátrica – Formada pelas doutoras Glória
Zanelatto Campagnone, Márcia Cristina Gambaro Esquierdo Carmignani e Virna
Maria Guevara.
UTI Pediátrica – Coordenada pela doutora Elaine Moreno.
Fonte: SZS Comunicação