Formandos dos cursos de Informática e Telemarketing para portadores de necessidades visuais dizem ter encontrado uma nova perspectiva profissional

Dr. Willy fala aos presentes. Ao fundo formando e autoridades

No último dia 4 de setembro, durante a realização do 2º Edito (Encontro sobre Educação Inclusiva Total), 20 participantes dos cursos de Informática e Telemarketing para Portadores de Necessidades Especiais receberam seus certificados de conclusão. Os cursos fazem parte do Programa Vexpert de Responsabilidade Social da Unimed de Sorocaba e foram promovidos em parceria com a Universidade de Sorocaba (Uniso), Asac e Senai de Itu.

Gelson e seus alunos

Paula, Gelson e Dr. Willy

Durante a cerimônia de formatura, o médico Willy Marcus França, coordenador do Departamento de Marketing e Comunicação da Unimed de Sorocaba, discursou aos presentes e explicou que apesar de serem coordenadas por seu departamento, as ações de responsabilidade social da cooperativa não têm fins publicitários. “Não desenvolvemos este e outros programas como uma ação de marketing. Entendemos que a concretização de trabalhos como estes são frutos da oportunidade e da possibilidade”. Marco Antonio de Oliveira, um dos formandos, subiu ao palco para agradecer. “Há três anos me tornei um deficiente visual”, contou. “Tenho apenas 20% de visão e sei que estou perdendo o que me resta”. Depois do curso, Marco acredita que poderá voltar a trabalhar e fazer coisas que pensava nunca mais poder. “Agradeço especialmente à Edaiana (da Unimed de Sorocaba e uma das coordenadoras dos cursos), à Marinalva (assistente social da Unimed) e ao Gelson (docente do curso de Informática).

Prof. Helvécio, Vera (Uniso), Edaiana e Dr. Willy

Um dos testemunhos mais comoventes foi o de Edmar  Carvalho Júnior. Ele foi ao palco acompanhado por seu filho. Na platéia, sua esposa e sua mãe ouviam atentamente suas palavras. “Há três anos comecei a perder a visão e seis meses depois não enxergava mais nada”, relembrou. “Eu trabalhava como técnico em segurança do trabalho e (devido ao problema) tive de parar com tudo. Na Asac eu voltei a aprender a cozinhar, lavar e passar roupas e depois deste curso sinto que posso voltar ao mercado de trabalho”, disse. “Porém, muito importante é o apoio que recebo da minha família, do meu filho, da minha esposa e da minha mãe, que estão aqui comigo”, completou.  

Edmar e seu filho e Marco Antonio de Oliveira

* Informação transmitida pelo diretor do Centro de Referência ao Atendimento às Pessoas Portadoras de Deficiências do Sistema Senai, Helvécio Siqueira de Oliveira.

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