17 de Outubro de 2019 | 15h02
Entre os dias 14 e 29 de outubro, a mostra fotográfica “Expedições”, montada no Átrio do Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), da Unimed Sorocaba, pretende transmitir a percepção de como as grandes planícies e algumas das mais altas montanhas do mundo são capazes de se contraporem à falta de liberdade e pequenez do cotidiano, males que afetam grande parte da população. O autor das 32 fotografias, todas em 70x50 cm, é o médico nefrologista Ricardo Cadaval. A entrada é grátis e o local fica aberto 24 horas, todos os dias. “Para mim, espaços realmente amplos significam liberdade. É onde nos sentimos libertos dos laços com a sociedade moderna. Eles nos conscientizam dos nossos próprios limites”, resume Cadaval. No dia 18 – data em que se celebra o Dia do Médico –, a partir das 19h30, os presentes poderão contemplar a exposição ao som de músicas clássicas e populares, executadas pelos músicos Marília Violini (piano) e Jefferson Peres (violoncelo), Luciana Aranha (piano) e Gilson da Silva Júnior (piano). Esta é a terceira vez que Cadaval expõe no HMS, revelando suas impressões dos locais que visitou e que são carregados de valores históricos e culturais, sempre com riqueza e diversidade de costumes, culturas, crenças e tradições. São exemplos o Irã, Jordânia, Líbano, Nepal, Mongólia, Peru, Chile, Índia, Chapada Diamantina e Lençóis Maranhenses. A escolha das 32 imagens foi criteriosa e teve como inspiração a obra “Carpe Diem: Resgatando a arte de aproveitar a vida”, de Roman Krznaric.As viagens expedicionárias do médico costumam durar 20 dias, em média. Ele leva pouquíssima bagagem, dispensa o conforto de hotéis refinados e refeições em restaurantes. Costuma acampar e se alimentar ao longo dos percursos. Assim, já pernoitou em pleno deserto jordaniano; passou três dias e meio absolutamente sozinho na Mongólia; nadou no Mar Morto – “Na verdade, boiei, pois a água é tão salinizada que se torna impossível mergulhar”, brinca – e percorreu parte do caminho trilhado por Moisés, próximo ao Mar Vermelho, em direção à Canaã (hoje Israel). Para fotografar, sempre usa a mesma máquina e lente. “Utilizo uma Nikon e uma grande angular 14-24”, conta. “Nas primeiras viagens, costumava fazer cerca de três mil fotos, mas, com o passar do tempo, o olhar fica melhor e mais crítico. Ultimamente, tenho feito entre 700 e 800 fotografias a cada viagem”, revela Cadaval. As fotos do médico contam histórias. Ele próprio considera-se um contador de histórias. “Fotos têm que ser bem focadas e retratar histórias. Apenas isso”, finaliza.