15 de Outubro de 2021 | 16h29
Na manhã
do último dia 30, um encontro celebrou o encerramento da campanha anual Diga
Sim, voltada à conscientização da importância de doar órgãos e realizada
durante o mês de setembro pela Unimed Sorocaba. O secretário municipal da Saúde,
doutor Vinícius Rodrigues, e o transplantado hepático Wagner Dorth participaram
do evento.
O
superintendente da Unimed Sorocaba, doutor Sergio Rachkorsky, recebeu os
participantes. Além do secretário municipal e do transplantado, também compareceram
ao encontro a doutora Milene Cristina Devito Guilhem, responsável pelos
transplantes renais; os doutores Paulo Goes, titular da Gerência Médica do
Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS); Robenilson Souza e Renato Hidalgo, que estão,
respectivamente, à frente dos transplantes de medula óssea e fígado; o enfermeiro
coordenador do Centro de Transplantes do HMS (Cethus), José Júnior; e Celeste
de Fátima Aleixo, esposa do Wagner.
Relato
de um transplantado
O
transplantado é uma das muitas pessoas que tiveram suas vidas resgatadas graças
à consciência de um doador de órgãos. Ele contou que após alguns sintomas
indicarem algum problema grave com a sua saúde.
Como Wagner
não é cliente da Unimed Sorocaba, inicialmente, passou por consultas pelo
sistema público. Ele foi diagnosticado como portador de hemocromatose (doença
genética) e depois de várias consultas, informado de que haveria a necessidade
de um transplante. Foi então que uma pessoa que o casal conhecia, e que é colaboradora
da instituição, contou sobre o programa de transplantes existente no HMS.
A partir
daquele momento, a equipe do Cethus e o doutor Hidalgo prestaram toda a
assistência necessária. “Nós nos sentimos abraçados por toda a equipe da Unimed
Sorocaba”, relembrou Wagner. “O transplante devolveu minha vida.”
O
transplante foi realizado no dia 12 de julho. Apenas seis dias depois, ele já
recebeu alta hospitalar. “O transplante significava vida. Quando recebemos a
confirmação de que havia um órgão compatível, foi uma benção”, afirmou Celeste.
Os
transplantes na Unimed Sorocaba
“Mais de
90% dos transplantes são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de
parceria com a prefeitura municipal. O modelo é replicado por vários centros pelo
país, baseado no nosso sucesso”, ressaltou o doutor Hidalgo. “No caso dos procedimentos
de fígado, somos o sexto maior centro de transplantes do estado de São Paulo.”
O doutor
Paulo Goes acrescentou: “É um setor no qual podemos colher resultados muito
satisfatórios; é muito gratificante. Vejo uma equipe dedicada e pronta para
atender o paciente. O SUS é muito bem-vindo, o que nos traz uma grande alegria”.
Para o
secretário da Saúde, doutor Vinicius, a parceria é benéfica ao município. “Por características
históricas de construção dos serviços de saúde, a cidade de Sorocaba não tem um
hospital e equipamentos próprios. Por isso, depende de que os hospitais aceitem
absorver a demanda [de transplantes]. Temos que agradecer ao HMS por
aceitar fazer parte do serviço público de saúde nessa linha.”
“Em 2021,
deveremos contabilizar 50 transplantes. A próxima meta será alcançar 100 por
ano”, revelou o doutor Robenilson. “Aqui, atendemos pacientes de Sorocaba e
Jundiaí. Atualmente, 50% dos transplantes de medula óssea são pelo SUS.” A doutora
Milena acrescentou: “O transplante renal foi o último que começou a ser feito
no HMS. Seu credenciamento ocorreu em 2017. Já foram 20 procedimentos desde
então. E, mesmo com a pandemia da Covid-19, a Unimed Sorocaba conseguiu evitar que
eles parassem. Houve uma queda [no número de transplantes] em todo o
país, mas nós não paramos.”
De acordo
com o doutor Sergio, um dos sete pilares do cooperativismo é a inserção da
cooperativa na sociedade. “Um ajuda o outro. É uma obrigação nossa, inclusive.
E o programa de transplantes representa exatamente isso.”
Por fim,
o doutor Gustavo Ribeiro Neves, presidente do Conselho de Administração da
Unimed Sorocaba, fez uma saudação por videoconferência. “O paciente Wagner é um
exemplo do sucesso do programa de transplantes. Nossa gestão está comprometida
em fazer com que o número destes procedimentos aumente ainda mais. Fizemos alguns
incrementos, como na estrutura de profissionais da enfermagem. Nossa ideia é
que o programa cresça e tenha mais espaço na região.”
Fonte: SZS