6 de Fevereiro de 2009 | 00h00
O processo de verticalização da Unimed Sorocaba e de seu hospital próprio foi um dos três cases de sucesso apresentados durante o seminário
“Verticalização no Setor de Saúde no Brasil – Perspectivas, razões e resultados desta realidade para as instituições envolvidas”. O evento foi realizado pelo International Business Communications (IBC), dia 27 de janeiro, em São Paulo. O diretor superintendente da Unimed Sorocaba, doutor José Francisco Moron Morad, foi o expositor.
A experiência da Unimed Sorocaba no processo de verticalização (auto-sustentação operacional), as principais dificuldades enfrentadas, a percepção dos clientes e os resultados obtidos pela instituição foram expostas por Moron e debatidas com os participantes. “A Unimed Sorocaba é favorável à verticalização desde que não prejudique nossa política de qualidade”, destacou. Durante cerca de uma hora, Moron detalhou diversos aspectos do processo de verticalização na Unimed Sorocaba. “Trata-se de uma estratégia que a empresa utiliza para suprir internamente suas necessidades e que é decorrente da preocupação em ter o controle sobre as tecnologias do processo, dos produtos e do negócio”, explicou. Entre as principais vantagens da verticalização, o dirigente destacou a independência em relação a terceiros, a melhoria dos resultados, o aumento na autonomia e o domínio da tecnologia. Na outra ponta da balança, os altos investimentos, a diminuição da flexibilidade e o aumento da estrutura da empresa foram indicados por ele como pontos desfavoráveis.
Para inserir os participantes do seminário no contexto da Unimed, Moron relatou que no Brasil a instituição é formada por 377 cooperativas instaladas em 4.125 municípios, possui 106 mil médicos cooperados, atende cerca de 15 milhões de clientes, domina 34% do mercado nacional e foi eleita pelo 15º ano consecutivo como empresa Top of Mind em seu segmento de atuação. “Somos a segunda maior rede de hospitais do Brasil usando a mesma marca”, destacou o superintendente.
Os investimentos na verticalização se justificam também por uma tendência de mercado. “É indiscutível que nos próximos anos o que diferenciará as operadoras de plano de saúde serão suas redes de recursos próprios”, afirmou Moron. Entre as justificativas para investir nesses ativos estão a diminuição da transferência de ganhos (que podem e devem ficar na cooperativa), as melhores condições para negociar com a rede contratada, o conhecimento do negócio e dos custos envolvidos, o declínio da dependência e a redução de custos com a “exportação” de clientes.
Fundada em junho de 1971, a Unimed Sorocaba reúne, atualmente, 773 médicos cooperados, atende 77 mil usuários diretos e outros 35 mil de outras Unimeds e possui como recursos próprios hospital, centro diagnóstico e farmácia, além do Serviço de Medicina Preventiva. Os investimentos na construção do Hospital Unimed de Sorocaba e os sucessivos investimentos feitos desde então, chamaram a atenção dos participantes. “Até o momento de sua inauguração, em 1996, o Hospital Unimed de Sorocaba exigiu investimentos da ordem de US$ 20 milhões”, revelou o superintendente da Unimed Sorocaba. A concepção do Hospital Unimed de Sorocaba teve como premissas a incorporação de tecnologias de alta complexidade, a inovação em produtos e serviços e a criação da cultura e do compromisso com a qualidade. “Esta é a nossa filosofia até hoje e não foi adotada apenas para enfrentar a concorrência”, afirmou Moron. O hospital está instalado numa área de 67.135 m2, com 12.069 m2 de área construída seguindo critérios arquitetônicos inovadores para os padrões brasileiros, como a horizontalidade do prédio e a formação dos espaços por módulos.
“Consideramos nosso hospital uma obra inacabada porque estamos sempre investindo em sua ampliação física, na aquisição de novas e melhores tecnologias e na capacitação constante de nossos recursos humanos”. Desde sua inauguração, o Hospital Unimed de Sorocaba já passou por quatro grandes ampliações. A primeira, em 2002, serviu para abrigar o Serviço de Hemodinâmica. Em 2004, foram inauguradas novas alas de internação e duas salas de cirurgia. Dois anos depois, a ampliação contemplou os serviços de Ressonância Magnética e Métodos Gráficos. Em 2007 foram inauguradas e ampliadas as áreas de Hemodiálise, Emergência Pediátrica, Day Clinic, Estacionamento e Capela Ecumênica. Para 2009 estão programadas a ampliação do Eixo Industrial e da Unidade de Internação. “Todas as ampliações seguiram criteriosamente o plano diretor”, destacou Moron.
Segundo o palestrante, atualmente o Hospital Unimed de Sorocaba, recertificado pela ONA no ano passado como Nível II, realiza uma média mensal de 900 internações, 1.100 cirurgias (cerca de 50% delas no Day Clinic), 100 partos, 8 mil atendimentos em pronto-socorro, 150 sessões de quimioterapia, 80 procedimentos de hemodinâmica, 440 sessões de hemodiálise e 12 mil exames de imagem. A taxa de ocupação hospitalar é de 73%, com média de permanência de 2,8 dias (índice bastante reduzido se comparado às outras instituições), taxa de mortalidade hospitalar de 2,1% e de 1,4% para infecção hospitalar.
Sobre a IBC - A empresa IBC foi criada em Londres, Inglaterra, em 1964. Atualmente o IBC possui uma rede de escritórios atuantes nos cinco continentes. Seu foco principal é a realização de conferências, seminários, congressos e cursos para altos executivos de todos os setores da economia. Segundo dados da empresa, são realizadas cerca de 400 conferências e seminários por ano no Brasil. Além da unidade brasileira, a IBC mantém escritórios em Boston, Copenhague, Dusseldorf, Eidhoven, Estocolmo, Helsinque, Dubai, Hong Kong, Londres, Moscou, Paris, São Paulo, Cingapura, Sydney, Viena e Zurique.
Fonte: SZS Assessoria de Imprensa