29 de Outubro de 2019 | 08h46
Durante
o mês de setembro, quando, em seu 27º dia, celebra-se o Dia Nacional da Doação
de Órgãos, o corpo clínico e os funcionários da Unimed Sorocaba, totalizando
mais de 3.000 pessoas, se uniram em torno da campanha “Diga Sim”, que visa
aumentar a consciência das pessoas em manifestar, junto aos seus familiares,
sua decisão de serem doadoras de órgãos.
A
campanha, inicialmente concebida para ser divulgada internamente e nas redes
sociais da Cooperativa, ganhou repercussão regional junto aos principais
veículos de comunicação, como as afiliadas das redes Globo e SBT; o jornal
impresso Cruzeiro do Sul; as rádios Ipanema, Vanguarda e Cruzeiro FM; e em
sites de notícias.
No
Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS), foram proferidas palestras pelos cooperados
Robenilson Almeida Souza (Transplante de Medula Óssea), Frederico Brandão
(Doação de Sangue e Medula Óssea) e Milene Cristina Devito Guilhem (Transplante
Renal); pelo especialista em transplantes de fígado Renato Hidalgo; e pelo enfermeiro
da equipe de Transplantes José Santos da Silva Júnior (Doação de Órgãos e
Tecidos para Transplantes).
A
ação nas redes sociais teve como mote a palavra “sim”, destacando que, na
maioria dos momentos mais importantes da vida, como um pedido de casamento,
esse termo é decisivo. Ela também alertou para o fato de que muitas pessoas desejam
ser doadoras, mas seus familiares não chegam sequer a saber dessa intenção. Por
isso, é essencial manifestar essa disposição à família.
Além
da factualidade da data, o tema tem forte ligação com a Unimed Sorocaba.
Afinal, ela é um dos mais ativos centros transplantadores credenciados pelo
Ministério da Saúde. Até o momento, já realizou cerca de 1.200 desses procedimentos,
classificados como de alta complexidade, em seu hospital – muitos deles, para
pacientes cobertos com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
A
história da Unimed Sorocaba com os transplantes começou ainda na década de 90,
pouco tempo depois de o seu hospital ser inaugurado, quando foram feitos os
primeiros transplantes de córneas. Em 2002, foi firmado o primeiro convênio
para a realização de transplantes de fígado por meio do SUS, sendo que, no dia
14 de março do ano seguinte, aconteceu o primeiro desses procedimentos. Já o
primeiro transplante de coração ocorreu em 9 de agosto de 2004.
Gradativamente,
no HMS, começaram a ser realizados outros tipos de transplantes, como conjugado
fígado-rim, medula óssea autólogo, medula óssea alogênico, musculoesquelético e
rim (tanto intervivos quanto de doares falecidos).
Hoje,
ele continua sendo o único hospital privado do interior paulista habilitado
para realizar transplantes de fígado. É, ainda, o quinto centro com maior
produção nesta modalidade de procedimento, dentre as 34 equipes habilitadas no
estado.
“Paralelamente
ao aspecto técnico – por ser uma cirurgia de alta complexidade, que exige um
elevadíssimo grau de capacitação técnica das equipes envolvidas e da estrutura
hospitalar –, contribuímos para a saúde pública, uma vez que o procedimento
pode ser realizado em nossa instituição para pacientes cobertos pelo SUS”,
relata o presidente da Unimed Sorocaba, José Francisco Moron Morad.
Até
o momento, a Cooperativa já contabilizou 1.202 transplantes (veja composição
logo abaixo), somando os renais, ósseos, de córnea, de fígado, de fígado-rim
(duplo), de medula óssea (autólogo e alogênico) e de coração. Muitos deles foram
feitos com recursos do SUS, beneficiando, inclusive, pessoas que não eram clientes
da Unimed Sorocaba ou que moravam em outros estados da Federação.
Composição dos 1.202
transplantes já realizados:
·
córnea:
725
·
fígado:
168
·
fígado-rim:
2
·
medula
óssea autólogo: 222
·
medula
óssea alogênico: 14
·
coração:
21
·
ósseo
(tecnicamente denominado tecido ósteo-condro-fáscio-ligamentoso): 44
·
rim
(intervivos): 4
·
rim
(doador falecido): 2
Segundo
o vice-presidente da Unimed Sorocaba, Paulo Hungaro Neto, atualmente, a
Cooperativa é, dentro do Sistema Unimed (formado por cerca de 360 singulares),
a única habilitada para realizar todas essas modalidades de transplantes.
Superar
a barreira dos 1.100 transplantes é excepcional. Contudo, Paulo Hungaro aponta
outro viés dessa conquista: “Mais do que a expressividade quantitativa, temos
alcançado índices altamente significativos de sobrevida, graças aos
investimentos tecnológicos e, principalmente, à capacitação técnica dos colegas
médicos e colaboradores que atuam especificamente nessa área”, pontua. “No caso
dos transplantes hepáticos realizados no HMS, a média de sobrevida anual é de
89,08%, enquanto o índice estadual chega a 78,54%”, revela.