A febre amarela é uma doença febril aguda, causada por vírus e transmitida por mosquito.
Apresenta dois ciclos de transmissão distintos, sendo a forma silvestre transmitida ao homem que adentra em área de mata pelos mosquitos do gênero haemagogus e sabethes e a forma urbana, até o momento eliminada do nosso meio, transmitida pelo mosquito aedes aegypti.
A maior parte do território brasileiro é considerada região endêmica, ou área de risco, para febre amarela. A região de Sorocaba não é considerada área endêmica, por isso sem recomendação de vacinação.
A infecção no ser humano pode não apresentar sintomas em 40 a 60% dos casos, ou se manifestar com formas clínicas leve, moderada, grave e maligna. Felizmente a maioria das pessoas apresentam as formas leves (vide figura) , porém a doença ganha importância porque nas formas mais graves cerca de 50% dos casos evoluem para óbito.
Os sintomas da febre amarela são no início inespecíficos sendo febre, dor de cabeça, mal estar geral, dor no corpo, olhos vermelhos e vômitos. Nos casos leves os sintomas não evoluem, porém nas formas mais graves há o surgimento de icterícia (coloração amarelada da pele) e sangramentos, podendo o quadro agravar-se.
A história de deslocamento recente para áreas onde pode ocorrer a transmissão da doença é importante para que ocorra a suspeita da doença.
Não existe tratamento específico para o vírus, apenas medidas de suporte. As formas graves necessitam na maioria das vezes internação em unidades de terapia intensiva (UTIs).
A vacinação é a forma eficaz de prevenção da doença.
A vacina confere imunidade em 90 a 100% dos vacinados e deve ser aplicada em todas as pessoas que morem ou que se desloquem para locais dentro de zonas endêmicas. Vacinar no mínimo 10 dias antes da viagem.
Havendo indicação, as crianças devem ser vacinadas apenas após os 9 meses de idade.